Para pensar

A alienação de que fala Marx é conseqüência do afastamento entre os interesses do trabalhador e aquilo que ele produz. De modo mais amplo, trata-se também do abismo entre o que se aprende apenas para cumprir uma função no sistema de produção e uma formação que realmente ajude o ser humano a exercer suas potencialidades. Você já pensou se a educação, como é praticada a seu redor, procura dar condições ao aluno para que se desenvolva por inteiro ou se responde apenas a objetivos limitados pelas circunstâncias?

terça-feira, 14 de maio de 2013

A escola antes da Web

Essa trajetória relacionada a escola sem web, teve início na década de 90 onde começaram as maiores transformações com relação a utilização das tecnologias na escola. Antes nós tínhamos acesso a referências bibliográficas, vídeos educativos e documentários. As formas de produção do conhecimento eram realizadas e armazenadas sem que houvesse a troca de informações de uma forma global. Onde era através desta relação formal, professor-aluno que acontecia a “transmissão” de conhecimento.

A web na Escola     
                  
Hoje, com a internet  na escola, isto não faz mais sentido, já que o mesmo conteúdo que existe lá está disponível aqui também. A Internet gerou novas formas de produção, divulgação e armazenamento de conhecimentos e informações, as quais têm provocado profundas mudanças nos processos pedagógicos tradicional. Alterando a própria concepção do significado “ser professor” hoje. Já que ele não é mais o único “transmissor” de conhecimento.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

QUAL O PAPEL DO EDUCADOR, QUANDO PARA O ALUNO É DIFÍCIL APRENDER?



Um dos problemas que mais está ocorrendo atualmente está relacionado às dificuldades de aprendizagem. Professores se deparam com crianças e jovens que não estão atingindo os objetivos propostos. Estão com dificuldades em aprender, por mais que os métodos sejam diferenciados.
Os pais, quando comunicados, iniciam a busca por psicólogos, psicopedagogos, neurologistas, pedagogos na tentativa de salvar o ano letivo. Pais que oferecem “tudo” para o filho, uma escola particular, aulas de inglês, natação, academia de ginástica, aquele tênis da moda, celular, MP3 e por aí vai.
Como entender então as notas baixas?
Precisamos então refletir na palavra “tudo”. Será que o que estamos dando é o “tudo” que de fato nosso filho quer de nós?
Aí vem aquela famosa desculpa: “mas eu trabalho tanto para dar o melhor, não tenho muito tempo disponível”. Entra aí a qualidade e não a quantidade. Orientar os pais a respeito da parceria que deve existir entre escola e família. Quando ela ocorre, muitas das dificuldades são descobertas no início, pois ninguém melhor do que o professor para auxiliar os pais nesta missão.
Confie nos professores que estão com seu filho, afinal, eles passam muito tempo com ele. Pergunte, esclareça suas dúvidas, questione a melhor maneira de estar auxiliando seu filho nas tarefas. E quanto ao seu filho, saiba quem são seus melhores amigos, como foi à escola, se está precisando de ajuda em alguma coisa. Você vai se surpreender com os resultados dos próximos boletins.

Ao se pensar num planejamento por competências faz-se necessário:



 1. Esclarecer e estabelecer um conceito claro e consensual de competências com os professores;
2. Refletir como e de que forma os alunos desenvolvem suas competências;
3. Decidir coletivamente os fins educativos da escola e qual o perfil de cidadão se quer formar. Definir, portanto:
 O que significa preparar para a cidadania e o trabalho aqueles alunos naquela comunidade;
 Quais as competências que traduzem essa preparação para a cidadania e o trabalho;
 Quais os conteúdos curriculares que deverão contribuir para a constituição dessas competências.
4. Partir sempre das competências para selecionar o conteúdo curricular. Uma mesma competência pode estar ancorada em vários conteúdos, é o caso de “ler e interpretar tabelas e gráficos” que poderá ser desenvolvido em geografia, matemática, ciências.
5. Definir o tipo de organização curricular, podendo se optar:
- Por um bloco de competências comuns (as chamadas competências transversais), as quais teriam a função de integrar as disciplinas ou as diferentes áreas.
-Por tema ou por projetos integrando disciplinas ou áreas do conhecimento.
6. Ter em mente que não importa o tipo de organização curricular que se opte, o tratamento metodológico empregado, contextualizando e interligando o conhecimento é que propiciará o desenvolvimento de competências.
7. Lembrar que para desenvolver competências é preciso trabalhar por problemas e por projetos, propor tarefas que desafiem e motivem os alunos a mobilizar os conhecimentos que já possuem e a ir à busca de novos conhecimentos. Competências se desenvolvem sempre em “situação”, em um contexto. Trata-se segundo Philippe Meirieu (1996) “aprender, fazendo, o que não se sabe fazer”.
Pressupõe uma pedagogia dinâmica que transforme a sala de aula num espaço privilegiado de aprendizagens vivas e enriquecedoras na qual o aluno participa ativamente na construção do seu conhecimento. O conteúdo é um meio e não mais um fim em si mesmo.
Pressupõe um currículo integrado e não mais fragmentado, norteado pelos princípios pedagógicos da transposição didática, interdisciplinaridade e contextualização.
Da Estima à Autoestima na Educação e Aprendizagem. Ainda que a autoestima comece no âmbito familiar, produto da relação da criança com seus pais ou responsáveis -e ainda antes do nascimento, na mente dos pais- essa continua no âmbito escolar, na relação com o docente e o grupo de colegas.
Este processo não é linear, onde um dá e o outro recebe; surge da interação entre ambos. Quando o aluno é aceito e compreendido, devolve o mesmo sentimento para o professor, que também se sente reconhecido, valorizado. Assim se gera um círculo de bem estar, onde a tarefa é gratificante para ambos e o clima é propício para o desenvolvimento das potencialidades. Quem se sente amado pode aceitar-se, adquirir o senso do seu próprio valor, descobrir e realizar o potencial para o qual está dotado. O amor no âmbito educativo, na classe, torna possível captar de cada um o mais profundo, a sua verdadeira essência. Através do amor é possível vislumbrar o potencial, o que ainda não foi revelado e o que será exibido. Descobrir os talentos possibilita a quem é amado a descoberta, o fazer-se conhecer.
Muito já foi dito a respeito da estima do aluno e isso sem dúvida é importante. E quem cuida dos educadores? Eles também precisam ser amados pelo aluno e reconhecidos socialmente pelo prestígio do seu trabalho. Às vezes, quando o aluno não aprende, o docente pode considerar-se incompetente, se atribui este fracasso apenas ao seu próprio trabalho. Ao não sentir-se reconhecido, pode retrair-se, desconectar-se afetivamente e inibir sua criatividade para buscar novas alternativas, piorando assim a relação. Ele não é o responsável absoluto, ambos são protagonistas.
A confiança, a segurança, o senso do próprio valor, se aprende mais pela presença do que pela docência. É importante que os mesmos educadores tenham uma autoconfiança realista, pois acima de tudo, se transmite mais pelo que se é, pelo que se vive do que pelo que se diz. São símbolos da autoestima: - Usar os talentos e as aptidões para amar e estudar.
-Ter um grau mínimo de auto-aceitação e de orgulho próprio.
-Ter autoconfiança realista.
-Reconhecer as necessidades e valorizar as vitórias.
-Fazer valer os direitos e aceitar suas limitações.
-Ser autêntico. - Não esconder-se nem mostrar-se com exagero.
-Ter ideais de acordo com as possibilidades de sucesso.
-Ter desejos e projetos pessoais.
-Relacionar-se livremente com os outros, com autonomia e independência.
Como se manifesta a baixa autoestima:
Geralmente está associada a pessoas envergonhadas, inibidas, temerosas, que não se animam a competir nem a destacar-se. Ainda são símbolos de baixa autoestima, certas atitudes que aparentemente revelam o contrário: como querer chamar sempre a atenção, tentado ser o centro, sentir a necessidade de ganhar todo o tempo, ainda que valendo-se de trapaças, exibir um perfeccionismo exagerado ou depender da aprovação externa. O que uma criança precisa para desenvolver a autoestima.
A criança precisa:
a) Educadores e companheiros que a aceitem como ela é, que a aprovem e aceitem, para que ela possa descobrir-se e desenvolver-se em sua plenitude. Estas atitudes nutritivas e positivas, geradoras de experiências de satisfação precisam também de limites, frustrações adequadas a cada momento do desenvolvimento, que permitam à criança interiorizar as funções que antes eram realizadas pelos educadores.
b) Docentes que ofereçam segurança, apoio, sustentação e que sirvam de modelo, fonte de força, da qual possa participar. A idealização dos professores é necessária em um determinado momento; porém, logo é preciso romper com esta idealização, para facilitar o acesso às crianças; ao serem humanizadas, valorizadas de uma maneira mais realista, as crianças sabem que não podem nem possuem tudo. Da autoafirmação surgirão as ambições de uma pessoa e da admiração, os ideais. A vivência dos próprios talentos e habilidades é o que torna possível que as ambições se unam a ideais realistas.
c) Sentir-se um entre seus pares, membro de um mesmo grupo. Do que depende um maior ou menor grau de autoestima. O grau de autoestima depende da capacidade de sustentar a distância entre o ideal de si mesmo e a realidade, do descobrimento dos dons e da aceitação das limitações. Os sentimentos de auto-satisfação surgem quando existe uma relação fluída entre o que se almeja como ideal e o que se é na realidade.
Também depende do perfeito equilíbrio entre talentos, ambições e ideais. Autoestima e ideais: Se os ideais são razoáveis, uma pessoa é capaz de trabalhar eficientemente para alcançá-los; disto surgem sentimentos de satisfação para consigo mesmo pela tarefa realizada e pelo objetivo alcançado. Se os ideais são por demais elevados, de tal maneira que não existe a possibilidade de alcançá-los de forma eficiente, surgem sentimentos de inferioridade e ineficácia.
Quanto menor for a brecha entre o ideal e a possibilidade de alcançá-lo, menor será a ansiedade, maior será a autoestima.
É humano experimentar sentimentos de insatisfação e de inferioridade; ninguém tem a possibilidade de alcançar todos os ideais. Sempre há um resquício de insatisfação que funciona como força motriz, que gera uma tensão constante, dando lugar ao progresso que abre espaço para cada qual buscar, por si mesmo, a maneira de realizar-se, livre e criativamente, integrando a força de seus desejos com as possibilidades que o mundo externo oferece.
Algumas sugestões para enriquecer a autoestima:
Ser bons modelos, com boa autoestima, alegres e entusiastas.
Valorizar os aspectos positivos, dizer o bom e óbvio, não repreender sempre.
Lembrar que cada qual é único, e assim, descobrir e fazer saber o que lhe agrada.
Estimular a autoconfiança, que faça o que é capaz de fazer, com experiências de sucesso. Não fazer em seu lugar nem superproteger: deixar espaço para escolhas.
Estabelecer metas de acordo com suas possibilidades, sem exigir mais do que é possível. Escutar e aceitar os sentimentos, mesmo que negativos, as limitações, bem como as ações derivadas destes sentimentos.